Além das tensões eleitorais, dólar paralelo sofreu nova arrancada com novas medidas governamentais de controle para estancar a saída de divisas do país.
O “dólar blue”, principal cotação paralela usada na Argentina para a moeda americana, ultrapassou pela primeira vez o patamar de 1 mil pesos, seguindo a trajetória de forte alta pré-eleições presidenciais no país.
Nesta terça-feira (10), o governo argentino anunciou uma unificação de três cotações paralelas do dólar — o solidário, Catar e tarjeta — para turismo e poupança, aos quais são aplicados impostos para desencorajar a compra de moeda estrangeira.
Trata-se de mais uma medida para estancar a saída de dólares do país, que observa um reforço da crise cambial às vésperas da escolha do novo presidente. O país sofre com uma inflação galopante, com a falta de credibilidade de investidores estrangeiros e também a falta de reservas monetárias.
Em comparação, a cotação oficial do dólar na Argentina está na casa dos 365 pesos.
Sempre que medidas como essa acontecem, há impactos no dólar blue porque ele circula livre de intervenção das autoridades. E ele já vinha em forte arrancada por conta do cenário econômico e das incertezas eleitorais.
Na segunda-feira (9), o candidato ultraliberal à presidência da Argentina, Javier Milei reafirmou seus planos de dolarizar a economia e recomendou evitar o peso argentino.
Há uma grande preocupação de economistas com a proposta, porque o país precisaria ter ao menos reserva internacional suficiente para garantir que a população tenha acesso a moeda americana em um primeiro momento. Além disso, a Argentina ficaria dependente das decisões de juros do Federal Reserve, o banco central americano.
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